Partindo das
ideias e opiniões expressas na PARTE I desta resenha, a PARTE II tem como
objetivo deixar mais claro as
informações ditas anteriormente e acrescentar novos elementos a analise. Assim,
deixando de falar tão sério, vamos ao que interessa.
Como já é de
conhecimento de vocês, eu já li toda coleção e um fato interessante que eu
achei ao termino da leitura foi que: a coleção vai perdendo a graça nos livros do meio, uma vez que ela vai
perdendo a empolgação. E um exemplo claro dessa queda de expectativa
são os volumes 5 e 6 da coleção, onde a impressão que EU tive foi que a autora Meg Cabot e/ou a editora a partir do
sucesso dos primeiros livros resolveu prolonga-la, uma vez que estes dois
livros manteve mais o público “enrolado” do que entretido, pois os mesmos contribuíram
muito pouco para a coleção e sendo mais crítica: estes livros poderiam até mesmo ter sido apenas um livro.
Assim, estes
dois livros, o 5 e 6, são uma boa distração, mas não são empolgantes como os
outros, uma vez que o livro 5, por exemplo, focou-se apenas em uma preocupação exacerbada
da protagonista em convencer o Michael a ir ao Baile de formatura. No entanto,
essa frustação pode ser considerada normal em coleções que possuem muitos
livros. Todavia, a coleção em questão não perde seu brilho, já que ela consegue
atingir o seu objetivo que é ser um diário, e porque o/a leitor/a não consegue
mais parar de ler quando chegar aos últimos três livros da coleção.
Tal
fissuração nos últimos livros da coleção deve-se ao rumo inesperado que a
estória toma e partir deste ponto o leitor já fica ansioso para saber cada
passo da protagonista e ao mesmo tempo surpreso com a reviravolta de toda a
narrativa. É nesta fase também, que o/a leitor/a tem vontade de matar a protagonista
e comigo não foi diferente: EU fiquei com mais
vontade de matar Mia.
Assim, com
esta perspectiva de grandes reviravoltas, vocês viram ou verão o amadurecimento
da protagonista ficar mais evidente no último livro, no qual Mia resolve os
problemas como uma verdadeira “princesa”. Todavia, também é notável que a
mesma, mantém algumas características, e uma delas é o: “ser dramático”. Afinal, isto pode ter sido um meio de tornar a
estória realística, além de ser uma forma de conservar a protagonista.
Por fim, o
último livro que fecha a série me pareceu um livro muito pessoal, uma vez que a
autora várias vezes se colocou como protagonista. E um exemplo evidente deste
fato é quando a “Mia” faz um balanço de sua vida e agradece, mostra o que
aprendeu e o que sente, além do quão realizada se encontra. Então, se esses trechos
não for a própria Meg Cabot falando com o leitor é muito coincidência a coleção
terminar deste modo.
CURIOSIDADES:
F
Cada
livro têm em média uns 250 páginas;
F
O
custo de cada livro sai em média de R$ 30,00;
F
A
estória gerou dois filmes:
« Em 2001 à The Princess Diaries (O Diário da
Princesa)
« Em 2004 à The Princess Diaries 2: Royal Engagement (O
Diário da Princesa 2: O Casamento Real)
F
O
último livro, a linha do tempo fala que Mia passou dois anos sem escrever em
seu diário e isso decorre porque “a mesma” passou este tempo ocupada escrevendo
um livro para seu trabalho de conclusão. Livro este intitulado como “Liberte
meu coração” e que por ventura também foi publicado, uma vez que os fãs e
leitores da coleção ficaram com expectativas de lê-lo e quando menos se espero
o dito cujo já esta nas livrarias;
F
Os
livros foram publicados no Brasil pela editora Galera Record;
F
É
normal encontrar frases inacabadas, uma vez que é um diário e uma pessoal em sã
consciência não vai ficar mostrando por ai aos que a interrompem;
F
É
normal também encontrar anotações de sua
rotina, tarefas do dia e exercícios escolares da protagonista, já que ela não distingue
onde copiar na hora que esta pensando, estudando ou desabafando;
F
A
escrita do livro é muito dinâmica e realmente parece um diário, pois quando o/a
leitor/a ler a obra nota-se a graça dos detalhes evidentes em cada trecho.
COMPARAÇÃO:
Filme X Livro
Essas são
algumas diferenças entre o filme e a coleção de Meg Cabot:
F
No
livro, o pai de Mia, Phillipe Rinaldi, não está morto;
F
A
ideia que temos no filme é que Clarisse Rinaldi é uma avó bondosa, mas no
livro, é uma megera que só anda de roxo, tatuou as sobras nos olhos e depila as
sobrancelhas e as desenha todos os dias cada vez mais alto e curvilíneo;
F
O
diário foi dado a Mia pela sua mãe, como uma forma de expressar seus
sentimentos, e não como presente de aniversário do pai, como no filme é
mostrado;
F
Michael
não trabalha numa borracharia, e não estuda com Mia, pois é um veterano. Ele
era muito mais próximo de Mia, pois conversavam bastante e ele a ajudava em
álgebra nas aulas de S&T;
F
O
namorado de Lilly se chama Boris Pelkowski e é violinista, não um mágico
chamado Jeremiah, como no filme. E ele não tinha cabelos vermelhos, e sim
loiros;
F
Os
nomes de Lana e Josh estão errados, é Weinberger e Richter, respectivamente,
não Thomas e Bryant;
F
Helen
namora o professor de álgebra de Mia, Sr. Gianini. A dor de cabeça de Mia por
um bom tempo, principalmente depois de a mesma, no livro, o ver de cueca;
F
Paolo
faz uma mudança radical em Mia, e lhe deixa com cabelos curtos, repicados e
louros. E não longos e morenos como no filme;
F
Fat
Louie é laranja e não preto e branco, como o filme mostra;
F
O
guarda-costas de Mia se chama Lars não Joe;
F
No
filme, a única amiga de Mia é Lilly, mas no livro ela tem Shameeka, Tina Baba e
Ling Su, no decorrer da estória;
F
A
festa em que Mia dá o primeiro beijo foi na escola e não na praia e nunca
sonhou em levantar o pé durante o beijo;
F
Mia
tinha 14 anos quando descobriu ser herdeira do trono de Genóvia no livro;
F
Como
Mia só tinha 14 anos, e não podia dirigir, ela não tinha nenhum carro, então a
cena em que bate num trem não existiu no livro;
F
No
livro, antes de Mia se apaixonar por Michael, ela namora o Kenny, sua dupla
durante as aulas de Biologia;
F
No
livro Mia mora em Manhattan não em São Francisco;
F
Ela
anda de metro para ir à escola e não de patinete, como no filme;
F
No
livro, quando Mia briga com Lilly, ela passa um tempo com Tina, não com a Lana
Weiberger;
F
No
livro, Mia ia ao baile da diversidade cultural com o Josh Richter, mas no
filme, a cena nunca existiu;
F
No
livro, A Mia iria herdar um principado, mas no filme, ela era herdeira de um pequeno
reino;
F
Mia
é vegetariana, no livro, e no filme ela come um salsichão;
F
Mia
mora em um apartamento e não em uma antiga instalação do corpo de bombeiros.
Assim, como
pode-se observar embora filme e livro de pareçam muito por causa da estória, os
fatos os colocam como antagônicos. E como tal devem ser apreciados de forma
diferenciada.
AMARAL, R. C. O. do